terça-feira, 27 de setembro de 2011

HPV: vacina para homens

Eles agora também contam com o imunizante que já protegia as mulheres desse vírus por trás de graves tumores
por Caroline Randmer design Michele Kanashiro ilustração Bruno Algarve


A única defesa que a ala masculina tinha contra esse baderneiro causador de mais da metade dos casos de câncer de pênis era a camisinha. Mesmo assim, a eficácia do preservativo chegava só a 60%. Isso porque ele barra apenas a invasão do micro- organismo no órgão genital. O resto do corpo ficava à mercê do menor contato com o inimigo, que pode ser transmitido mesmo sem a presença de lesões. Basta encostar na região infectada — já é suficiente. Mas essa vulnerabilidade dos homens perante o HPV está com os dias contados: a vacina contra esse vírus, antes exclusiva para as mulheres, tidas como mais suscetíveis às suas investidas, acaba de ser liberada para meninos e jovens de 9 a 26 anos, fase das descobertas sexuais.

O aval da Agência Nacional de Vigilância Santiária, braço do governo brasileiro responsável por regulamentar remédios, se baseou em um estudo publicado na revista científica americana New England Journal of Medicine. Foram colhidos dados de 4 065 homens entre 16 e 26 anos de idade de 18 países. O resultado surpreendeu. As doses do imunizante foram capazes de evitar 90% das verrugas genitais, um dos estragos provocados pelo vírus. “O papilomavírus humano, o nome científico do HPV, tem aproximadamente 200 variantes e compromete os tecidos de revestimento do corpo, como a pele e as mucosas”, explica a bióloga Luisa Lina Villa, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Doenças de Papilomavírus. Ricardo Cunha, responsável pela área de vacinas do Laboratório Delboni Auriemo, na capital paulista, completa: “Uma vez na pele, o HPV busca camadas mais profundas, multiplica-se e volta para a superfície em diferentes graus”.

Um estudo realizado no Brasil, no México e nos Estados Unidos aponta que a incidência de contágio do HPV em homens entre 18 e 70 anos é de 50%. E grande parte deles nem desconfia que está contaminado. “Um indivíduo pode viver por anos com o micro-organismo na surdina e só apresentar sintomas em um momento em que as defesas ficam debilitadas”, diz o urologista Gustavo Alarcon, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.
O pior é que esse período dormente não impede sua transmissão. Muitas vezes, o malfeitor acaba sendo eliminado pelo próprio organismo, mas, em outras situações, evolui para estágios mais agressivos, como câncer de pênis, ânus e boca. Trata-se de uma verdadeira roleta-russa viral. Até existem tratamentos, mas são dolorosos, com lasers e raspagem das áreas comprometidas. A vacina poupa todo esse sofrimento, disparando uma resposta imune capaz de controlar futuras infecções e proteger o indivíduo de 40% dos tumores penianos e até 75% dos anais. Sorte deles!

Blindagem imune

Quadrivalente, a vacina age como um escudo contra quatro tipos do vírus HPV — os 6, 11, 16 e 18, justamente os mais perigosos. Ela é aplicada em três doses: a primeira na data escolhida, a segunda dois meses depois da picada inicial e a última entre seis e 12 meses depois da injeção de estréia. Ainda não disponível na rede pública, o custo total do imunizante sai em torno de 900 reais. A recomendação e a receita devem ser feitas por um urologista.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Pontos importantes que mudaram no novo manual de PCR (Parada Cardio Respiratória)- NOVO PROTOCOLO :

• Em relação à resposta dolorosa não se faz mais o estímulo nervoso no esterno, agora basta segurar a mão e fazer ali mesmo a técnica do estímulo doloroso. Poderá ser feito junto ao estímulo verbal.
• Lembra da Cadeia de Sobrevivência de ACE Adulto(Acionar o serviço de emergência, RCP precoce, Desfibrilar e Suporte Avançado)? Então, continua praticamente a mesma sequência mas entrou ao final da corrente a 5º parte que é os Cuidados pós-PCR integrados.
• As compressões mínimas por minutos no novo manual são de 100. Antes, no manual antigo, era "aproximadamente até 100". Agora o manual fala que tem que ser feita acima de 100.
• A profundidade da compressão é de 2 polegadas (5cm) no adulto, e em bebês e crianças aproximadamente 1,5 polegadas (4cm)
• O novo manual toca numa tecla bastante importante. Fala que a cada compressão o socorrista deverá deixar o tórax retornar, pois as compressões deverão ser com força e com qualidade. Não adianta compressões rápidas sem deixar o tórax retornar, porque a principal função da compressão não estará sendo feita. Então, retorno do tórax após cada compressão. Ok?
• A técnica de Ver, Ouvir e Sentir foi abolida no adulto para minimizar as interrupções nas compressões torácicas. Chegaram a conclusão que a cada parada para realizar a técnica era uma perda de tempo bastante prejudicial ao paciente. Porém na criança o mantém, pois uma grande porcetagem de PCR na criança é devido a obstrução de VAS por corpos estranhas. Então, Ver, Ouvir e Sentir no adulto Não! Na criança SIM!
• A técnica de como compremir não mudou, apenas mudou que a compressão tem que ser feita 2 dedos acima do apêndice xifóide.
• O ciclo de compressões/ventilações no adulto com 1 ou 2 socorristas continua 30/2. Na criança o ciclo deverá ser 30/2 se for apenas 1 socorrista ou 15/2 se forem 2 socorristas. Cinco(5) ciclos de 30/2 deverão ser feitos em 2 minutos. Um detalhe interessante que o novo manual notifica que se o socorrista não for um profissional de saúde ou não estiver treinado para tal procedimento, ele deverá apenas realizar compressões, não é recomendado um socorrista sem treinamento fazer compressões com ventilações, apenas as compressões bastam.
• E como já foi dito o ABC mudou para CAB. Primeiro compressões, segundo vias aéreas e terceiro batimentos cardíacos. Começa-se por compressões para depois abrir vias aéreas e ventilar.
• Foi abolida o uso de Atropina nas modalidades de arritmias (AESP/assistolia)
• Para fechar o ponto mais importante que mudou no novo manual, foi a mudança do ciclo do choque(usar o desfibrilador). Antes eram feitos 3 choques consecutivos, agora é feito apenas um e fazem as compressões. Choque + compressão, assim, para modalidade de arritmias chocáveis (FV/TV).

Câncer de ovário não é detectado com Papanicolau



Laço da luta contra o câncer de ovário (Imagem: Oncoguia)


O câncer de ovário é um dos tumores ginecológicos mais difíceis de ser descoberto e, mesmo sendo relativamente raro, infelizmente, é um dos mais letais. Em 2008 foram diagnosticados 5530 casos em nosso país. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tivemos cerca de 3000 óbitos pela doença.

E, justamente por não ter sintomas tão fáceis de detectar, cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento da descoberta.



Por ser um tipo incomum, estudos ainda estão sendo realizados para que ele possa ser diagnosticado mais precocemente, diminuindo, assim, a mortalidade relacionada ao problema. Por isso é tão importante a mulher se conscientizar sobre os sintomas e as formas de prevenção da doença.


 
Os principais fatores de risco são:


 
Idade acima de 50 anos;



Obesidade;



Fazer terapia de reposição hormonal;



Tomar medicações para infertilidade;



Genética ou ter tido casos de câncer ovariano na família.



Sendo que este último é o fator de risco isolado mais importante, responsável por 10% dos casos. Além disso, nunca ter engravidado ou ter a primeira gravidez após os 35 anos também aumenta a chance de desenvolver o tumor.



Apesar disso, é essencial ressaltar que cerca de 90% dos casos de câncer de ovário ocorrem em mulheres que não apresentam fatores de risco.



Prevenção



Não existem métodos de prevenção específicos para este tipo de câncer, então, estar sempre com os exames em dia e atentar aos sintomas e fatores de risco é essencial. Pois o tratamento do tumor no estágio inicial permite cura na maioria das pacientes.



Porém, algumas medidas colaboram para diminuir os riscos. Veja quais são elas:



    A cada nova gravidez, o risco diminui – Quanto mais vezes uma mulher engravida, menor é a probabilidade de desenvolver um câncer ovariano. A amamentação também é uma forma de proteção.



    Mulheres que fizeram ligadura das trompas ou histerectomia (a retirada do útero).



    O uso de anticoncepcional, por no mínimo cinco anos, faz com que a mulher esteja menos exposta aos altos níveis de estrogênio.



    As mulheres com mais de 35 anos de idade, com histórico familiar relevante de câncer ovariano, podem fazer a remoção dos ovários.



    O exame preventivo ginecológico (Papanicolau) não revela o câncer de ovário, uma vez que é específico para o câncer do colo de útero. Então, o melhor método para avaliação periódica e preventiva dos ovários é o ultra-som transvaginal e transabdominal.



    Mulheres com mais de 40 anos de idade que se submeteram à Histerectomia deveriam conversar com o médico sobre a possibilidade de remover também os ovários.



    As que fazem reposição hormonal devem se submeter com frequência a exames ginecológicos e de imagem que controlam as alterações nos ovários.



    Exames de sangue específicos pedidos pelo médico podem ser feitos.



  A presença de cistos no ovário não é motivo para pânico. Só há perigo quando eles são maiores que 10 cm e possuem áreas sólidas e líquidas. Neste caso a cirurgia é o tratamento indicado.



Sintomas



O quadro clínico desse tipo de câncer, na fase inicial, não causa sintomas específicos. Mas, à medida que vai progredindo, pode causar pressão, dor ou aumento de volume no abdômen, pelve, costas ou pernas; náusea, desconforto digestivo, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante.



Também podem aparecer outros sintomas, menos comuns, como a necessidade frequente de urinar e sangramento vaginal.



A maioria desses sintomas não significa que a mulher tenha tumor de ovário, mas serve de alerta para que ela procure um médico.



Tratamento



Se a doença for descoberta no início, principalmente nas mulheres mais jovens, é possível remover somente o ovário afetado. Mas diversas formas terapêuticas, como a radioterapia e a quimioterapia podem ser indicadas pelo oncologista.



A escolha  do tratamento vai depender do tumor, do estágio em que ele se encontra, da idade e das condições clínicas da paciente e se ele é inicial ou recorrente.



O principal é a paciente conversar com o médico, pois ele a orientará a respeito do melhor tratamento para o caso específico.



Fontes: Instituto Oncoguia e Instituto Nacional de Câncer.

Vírus ignorado está causando cirrose hepática e câncer do fígado

Decisão errada O vírus da hepatite G foi identificado em 1995.Depois de uma pesquisa pequena sobre o vírus, a Food and Drug Administration (FDA), órgão de saúde dos Estados Unidos, declarou o vírus como não-nocivo.Mas cientistas da Arábia Saudita agora estão divulgando indícios de que esta pode ter sido uma decisão muito errada.Eles sustentam que a transmissão do vírus através do sangue doado que não foi examinado para detectar sua presença, bem como a infecção por outras vias, levou a um aumento da cirrose hepática e do câncer de fígado.Suas conclusões foram publicadas International Journal of Immunological Studies.Vírus da hepatite GO vírus da hepatite G (HGV) foi rebatizado como vírus GB C – ou GBV-C, do inglês Hepatitis G Virus C.Ele é um vírus da família Flaviviridae, mas ainda não foi associado a um gênero.Curiosamente, alguns indícios sugerem que a co-infecção com o vírus da AIDS, o HIV, de alguma forma reforça o sistema imunológico destes pacientes.No entanto, são os efeitos danosos do vírus sobre o fígado de pacientes saudáveis que se tornou motivo de preocupação para Mughis Uddin Ahmed, do Hospital Rei Abdulaziz (NGHA) em Al-Ahsa, Arábia Saudita.Doação de sangue com vírusO médico ressalta que, desde que a FDA declarou que o vírus não causa problemas de saúde aos seres humanos, em 1997, o sangue doado não tem sido rastreado para este vírus.O Dr. Ahmed fez uma revisão da literatura científica dos últimos 16 anos, que mostra que o vírus tem alta prevalência em todo o mundo.Além disso, há uma correlação da infecção com este vírus com a hepatite e com a cirrose do fígado, e indícios de uma associação com o carcinoma hepatocelular.Ahmed também identificou uma ligação do HGV com distúrbios hematológicos e doenças hematológicas.Decisão correta Por esta razão, o pesquisador sugere que o vírus deve ser pesquisado para determinar se ele é um patógenos humano verdadeiro e uma substância viral cancerígena.Ele também aconselha que a triagem de sangue doado para detecção deste vírus seja restabelecida com urgência, em vez de permitir que os profissionais de saúde continuem a transferir o vírus sem saber para os receptores de sangue.Segundo o médico saudita, isso está colocando os receptores de sangue sob o mesmo risco de morbidade e mortalidade observados com o vírus da hepatite C sendo transferidos entre o doador e o receptor.E isto só vai acabar quando o rastreamento do sangue doado for restabelecido.Fonte: Enfermagem Atualizada
Decisão errada
O vírus da hepatite G foi identificado em 1995.
Depois de uma pesquisa pequena sobre o vírus, a Food and Drug Administration (FDA), órgão de saúde dos Estados Unidos, declarou o vírus como não-nocivo.
Mas cientistas da Arábia Saudita agora estão divulgando indícios de que esta pode ter sido uma decisão muito errada.
Eles sustentam que a transmissão do vírus através do sangue doado que não foi examinado para detectar sua presença, bem como a infecção por outras vias, levou a um aumento da cirrose hepática e do câncer de fígado.
Suas conclusões foram publicadas International Journal of Immunological Studies.
Vírus da hepatite G
O vírus da hepatite G (HGV) foi rebatizado como vírus GB C – ou GBV-C, do inglês Hepatitis G Virus C.
Ele é um vírus da família Flaviviridae, mas ainda não foi associado a um gênero.
Curiosamente, alguns indícios sugerem que a co-infecção com o vírus da AIDS, o HIV, de alguma forma reforça o sistema imunológico destes pacientes.
No entanto, são os efeitos danosos do vírus sobre o fígado de pacientes saudáveis que se tornou motivo de preocupação para Mughis Uddin Ahmed, do Hospital Rei Abdulaziz (NGHA) em Al-Ahsa, Arábia Saudita.
Doação de sangue com vírus
O médico ressalta que, desde que a FDA declarou que o vírus não causa problemas de saúde aos seres humanos, em 1997, o sangue doado não tem sido rastreado para este vírus.
O Dr. Ahmed fez uma revisão da literatura científica dos últimos 16 anos, que mostra que o vírus tem alta prevalência em todo o mundo.
Além disso, há uma correlação da infecção com este vírus com a hepatite e com a cirrose do fígado, e indícios de uma associação com o carcinoma hepatocelular.
Ahmed também identificou uma ligação do HGV com distúrbios hematológicos e doenças hematológicas.
Decisão correta
Por esta razão, o pesquisador sugere que o vírus deve ser pesquisado para determinar se ele é um patógeno humano verdadeiro e uma substância viral cancerígena.
Ele também aconselha que a triagem de sangue doado para detecção deste vírus seja restabelecida com urgência, em vez de permitir que os profissionais de saúde continuem a transferir o vírus sem saber para os receptores de sangue.
Segundo o médico saudita, isso está colocando os receptores de sangue sob o mesmo risco de morbidade e mortalidade observados com o vírus da hepatite C sendo transferidos entre o doador e o receptor.
E isto só vai acabar quando o rastreamento do sangue doado for restabelecido.
Fonte: Enfermagem Atualizada

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O Guia do EPI, o maior guia de segurança do trabalho no Brasil, está promovendo a EXPOSST - Expo Saúde e Segurança do Trabalho, a primeira feira virtual de saúde e segurança do trabalho do País. O evento estará disponível no site www.exposst.com.br a partir de primeiro de setembro e ficará online até o dia primeiro de dezembro, ou seja, três meses de duração.
Criado a partir de uma plataforma americana, o evento é uma vertente totalmente inovadora neste setor, já que ela acontece tal como uma feira física, com expositores, estandes, palestras, conferências, além de chats e vídeos para que expositores e visitantes possam interagir o tempo inteiro.
“A diferença é que a feira não gera custos de locomoção para quem pretende visita-la, já que basta acessar a internet e a qualquer hora do dia”, comenta Bianca Alves, diretora de Marketing do Guia do EPI. Ainda de acordo com ela, o maior benefício para o expositor é que os custos de uma feira virtual são bem menores, comparados a uma física. Além disso, são três meses divulgando os produtos e serviços, 24 horas por dia, com um grande alcance de visitantes. Outro dado interessante é que qualquer pessoa pode navegar na Feira, antes do lançamento, fazendo um cadastro gratuito.
Qualquer empresa que preste serviços em prol da saúde e segurança do trabalho poderá participar. Basta entrar em contato com o Guia do EPI através do site www.guiadoepi.com.br ou pelo telefone (11) 3868 4837. Os expositores contam ainda com um relatório contendo informações de todos os visitantes que passaram pela feira durante todo o período de exposição.

Eleição 2011 COREN/RJ Cancelada Segundo Decisão Judicial.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

SUS deve ter mil equipes de atendimento domiciliar até 2014


Brasília – Até 2014, o Ministério da Saúde espera ter, pelo menos, mil equipes médicas do Sistema Único da Saúde (SUS) habilitadas para fazer atendimento em casa, como uma espécie de home care.

O foco é oferecer o cuidado domiciliar a pacientes com dificuldade de locomoção ou que não precisam ficar internados em hospitais. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse hoje (25) que a pasta vai começar a selecionar os municípios interessados em ter o serviço. A ideia é ter uma equipe para cada 100 mil habitantes.

“Cada pessoa que puder sair mais rápido do hospital vai estar liberando um leito”, destacou Padilha, ao participar do programa de rádio Bom Dia, Ministro, uma produção da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

Com o atendimento domiciliar, o governo federal quer desafogar os hospitais e estimular a recuperação do paciente em casa, que é mais rápida. Em julho, o ministério publicou portaria dando início à estruturação do serviço. Para este ano, o investimento previsto é de R$ 36,5 milhões.

Fonte: Enfermagem Atualizada